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História da encadernação é antiga e encantadora
História da encadernação é antiga e encantadora
Conheça um pouco da história da encadernação e então descubra como essa arte evoluiu no tempo.
Antigamente, o material usado era totalmente rústico, mas cumpria muito bem o objetivo preservar as obras.
Só a partir da encadernação, certamente, é que o conhecimento escrito pôde ser levado com segurança para locais mais distantes.
Veja a trajetória dessa atividade milenar, que foi reinventada e sem dúvida sobrevive até hoje.
Técnica possibilitou que conhecimento ultrapassasse fronteiras
A história da encadernação começou com a necessidade de guardar, conservar e organizar vários textos referentes à mesma obra. Essa técnica criada com o objetivo de garantir que os manuscritos fossem lidos por muito tempo e pelo maior número possível de pessoas é muito antiga. Os primeiros trabalhos remetem ao Egito, à Grécia e a Roma, aproximadamente na época de Cristo.
Artesãos de antigamente costuravam pergaminhos com nervos de boi e usavam madeira como capa dos livros. Por causa disso, as obras eram pesadas. Mesmo assim, foi a solução perfeita para o homem conseguir enviar para longe o conhecimento transmitido pela escrita. Mais tarde, os artesãos criaram novas técnicas de encadernação artesanal e ajudaram a evoluir a atividade.
A partir do século IV, os mosteiros eram as únicas organizações autorizadas a produzir livros e só frades podiam encaderná-los. A preocupação com uma estética mais refinada e agradável das publicações apareceu no século XV. Nesse mesmo período surgiu a prensa de Gutenberg, máquina tipográfica desenvolvida para reproduzir textos, sem necessidade de escrevê-los à mão.
A produção de livros se tornou mecânica, porém, a encadernação continuou artesanal. Apesar disso, a técnica foi ficando mais sofisticada e, em certos casos, tinha finalidade artística. O papelão já havia substituído a madeira na confecção das capas e os fios de cânhamo estavam sendo usados no lugar do nervo de boi para costura. Com isso, as obras ficaram mais leves e fáceis de manusear.
Enfim, a tecnologia gráfica seguiu seu curso e no século XX todo esse processo estava automatizado. No entanto, a arte da encadernação artesanal continua viva até hoje em vários ateliês. Um deles é o PrettyCaft, dirigido pela artesã e empresária Sheila Previato. Ela não apenas conserva a essência do que é realizado há milênios, como também ministra aulas sobre esse nobre ofício.